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terça-feira, 19 de julho de 2011

Ouça: BluesMachine (2007)

Sesti, Grings, Ardais, Boemo e Tranquilo. A Red em 2006. Foto: Caio Balbinot
Lançado em julho de 2007 - BluesMachine mostra a Red House num momento pesado e cinzento. Um CD Influenciado por artistas anti-virtuose, como: R.L. Burnside, Junior Kimbrough e T-Model Ford, BluesMachine tem como destaques a canção acústica - Traces Of Son House, a sombria e barra-pesada Grave Mind's In The Backyard, o blues arrasa-quarteirão Devil's Elbow e as hipnóticas And She Say Goodbye e Morning Suckle. Gravado no estúdio caseiro da Red (Druck 185), o disco foi mixado e masterizado por Leandro Machado.



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Rodrigo Ardais: voz, violão, guitarra e baixo (faixa 1)
Márcio Grings: harmônica e percussão
Bruno Sesti: bateria
Rodrigo Tranquilo: teclados e piano
Tuca Boemo: baixo

Gravado no verão de 2007.

Gravação e pré-mix: Bruno Sesti, Rodrigo Ardais e Márcio Grings
Mix e master: Leandro Machado
Foto banda: Caio Balbinot
Projeto gráfico: Eduardo Maidana Roman
Revisão de letras: Saulo Silva
Produzido por: Bruno Sesti, Rodrigo Ardais e Márcio Grings

Temas:

01 Traces of Son House (Nico Andrade / Márcio Grings)
02 Grave in the Mind's Backyard (Rodrigo Ardais / Márcio Grings)
03 Devil's Elbow (Rodrigo Ardais / Márcio Grings)
04 And She Say Goodbye ( Rodrigo Ardais / Márcio Grings)
05 Shinin' Lamp (Rodrigo Ardais / Márcio Grings)
06 Empty House (Rodrigo Ardais / Márcio Grings)
07 Morning Suckle (Rodrigo Ardais)

Lendas de Amor e Perdição


Assim como o cineasta alemão Win Wenders é um confesso amante das contradições culturais e sociais dos EUA, a Red House assume suas dicotomias e convicções frente ao gênero blues. Da mesmo forma que o diretor de Paris, Texas clica seu olhar invasivo no cenário desolado do meio oeste ianque, a Red continua adentrando como uma intrusa nesse terreno nativo e tão próprio dos norte-americanos, mas que há muito tempo não mais exclusivamente nos pertence. Em BluesMachine, a banda respirou o ar contaminado das montanhas do Norte do Mississipi, inspirando-se me nomes como R.L. Burnside, James T-Model Ford e Junior Kimbrough. Buddy Guy já havia bebido dessa fonte amarga em Swet Tea. Até mesmo o bardo Bob Dylan alavancou outro de seus renascimentos recorrendo (em parte) aos negros do Mississipi, algo que está enraizado nos sulcos digitais de Time Out Of Mind. Agora nos surge estes pretensiosos rapazes so sul do Brasil, tentando nos convencer que BluesMachine pertence a mesma cepa de onde surgiram lendas incontestáveis da música mundial? Ora bolas! Se essa tal de Red House e seu disquinho sobreviverão ao teste do tempo, apenas a ferrugem dos anos dirá, mas confesso que estou surpreso com essa geringonça de fazer blues repletas de histórias de amor e perdição. Ouça com atenção o sotaque blueseiro dos Red Housers  - algumas dessas antigas lendas ainda parecem respirar em BluesMachine.

Leonard Riggs (Musicólogo, historiador e pesquisador da Universidade de Baton Rouge, Louisiana/EUA)